sábado, 26 de abril de 2014

DATAS COMEMORATIVAS SIM, SENHORA MARTA SUPLICY!!!

Começo minha reflexão reforçando o título:
DATAS COMEMORATIVAS SIM, SENHORA SUPLICY!!!

Sim, porque sou uma educadora consciente.
Mesmo contra todos os esforços do governo em NÃO me proporcionar uma educação de qualidade, de não me proporcionar salário compatível com TODAS as funções que preciso desempenhar enquanto professora, SIM, SENHORA SUPLICY, sou uma educadora consciente e transmito isso aos meus alunos.

Para quem ainda não sabe, há um projeto de lei, proposto por essa cidadã (?), juntamente com um segmento da OAB, tramitando no congresso para que se  acabe com a palavra PAI  e MÃE dos documentos de identidade/certidão de nascimento, sob alegação de que isso possui conotação homofóbica. Dá pra ser mais incoerente?

A propagação dessa lei, sob desculpa de que serve para  acabar com o preconceito, vai a um extremo gravíssimo. Pergunto: e o direito dos casais heterossexuais? Acabar com um preconceito criando outro?

E antes de continuar, DEIXO CLARÍSSIMO que o post NÃO SE PROPÕE a defender ou atacar a opção sexual nem desse nem daquele. TRATA, SIM, de justiça, de igualdade.

Há inúmeros blogs e sites tratando do assunto do projeto de lei. Se você, caro leitor, quiser saber mais sobre isso, sugiro que faça sua própria busca, pois não quero influenciá-lo. Vários dos post que li são de cunho religioso e penso que a questão deve ser tratada longe da ótica eclesiástica.

Porém, o título deste post fala sobre datas comemorativas. E essa autora aqui, com toda liberdade que se é  permitida em tempos de privilégios virtuais, vem fazer uma dura crítica a outro post sobre a extinção das datas comemorativas nas escolas, sob (quase) o mesmo aspecto que a senhora Marta Suplicy está fazendo em nome da extinção da homofobia.

Falo, aqui, como educadora e mãe que sou. Minha vivência em sala de aula vai para mais de duas décadas. (pois é, nem aparenta rsrs) Tanto no setor público, como no privado. E sempre percebi que o diferencial em qualquer situação do ambiente escolar é um profissional consciente. Digo profissional, pois não sou inocente em acreditar que uma escola se faça apenas com professores. Há coordenadores, supervisores, diretores que, se forem conscientes do seu papel na formação do pensamento crítico do aluno, farão sim a diferença na sociedade.

Segue o link do post/blog de que me referi acima onde é  tratada de forma muito 'romantizada' a extinção das datas comemorativas nas escolas.

http://ouvindocriancas.com.br/2014/04/22/sobre-datas-comemorativas-e-o-papel-da-escola-algumas-breves-reflexoes/

E aqui, segue comentário, meio inflamado, confesso, que fiz ao ler tanta 'inocência educacional' no supracitado blog.

É lamentável que educadores se deixarem ser manipulados pelo disfarce dialético de que as datas comemorativas são isso ou aquilo. É lamentável que  educadores, fracos em argumentos, fracos em competência na formação de cidadãos conscientes, fracos por só receberem informações por modismos... (e é assim há décadas.... foi assim com o Tecnicismo, com o Construtivismo, com a escola por ciclos, com a escola sem fronteiras, com a promoção automática) Fracos por não conseguirem refletir que isso é manipulação do governo, é mais uma moda, a moda contra as datas comemorativas. Apenas como ilustração, cito que algumas amigas foram mães solteiras, sempre houve comemoração do dia dos pais na escola em que os filhos delas estudaram, e a professora aproveitava para ensinar e conscientizar os alunos de que há diversos tipos de 'pais'. E olha que, naquela época, nem estava NA MODA se falar em DIVERSIDADE FAMILIAR. Acordem, educadores!!!! Comemorem sim, levem seus alunos  a uma reflexão profunda sobre o tema. Grave é quando o governo é omisso às questões educativas, porém, IMPERDOÁVEL é quando aqueles que detêm o conhecimento são covardes e se escondem atrás das modas e correntes pedagógicas deste ou daquele pensador. Não comemorar ou simplesmente fazer de conta que a data não existe NÃO FORMARÁ CIDADÃOS CONSCIENTES!!!!!! #prontofalei


Fica aqui meu desabafo contra os modismos, contra à exacerbação das questões homofóbicas, afro-descendentes, preconceitos de qualquer espécie.