O ensino da Língua Portuguesa deve buscar desenvolver no aluno não só a habilidade de compreensão de discursos e de reflexão sobre a prática textual, mas também aguçar neles a vontade de produzir e difundir idéias. Como a linguagem verbal possui estrito vínculo com o pensamento e, por isso, não poder ser compreendida sem relação com uma situação concreta de enunciação, as atividades propostas pelo professor devem contemplar as diversas situações sócio-comunicativas a que o aluno é (ou será) exposto em sua vida cotidiana, científica, profissional..., de modo a viabilizar ao aluno o acesso ao universo de textos que o circundam, inclusive de outras disciplinas. Daí decorre a fundamental importância da abordagem, em sala de aula, dos diferentes tipos de gêneros discursivos existentes na sociedade, trazendo para o estudo da LP a realidade quanto ao uso da língua: o domínio desta língua será finalmente contextualizada à possibilidade de participação social, de acesso à informação e de expressão e defesa de pontos de vista, cumprindo, assim, o papel fundamental da Educação.
A seleção de bons textos (sejam eles literários, jornalísticos, científicos ou metalingüísticos) e de exercícios e reflexões será decisiva para o alcance de um ensino satisfatório da LP, um ensino que desperte no aluno a vontade e a capacidade de buscar a aquisição e a produção de conhecimento através da linguagem. Tal mudança de conduta quanto ao ensino da Língua Portuguesa, que propõe uma rediscussão sobre o ensino da Gramática, depende não só da elaboração de material didático adequado, mas principalmente da formação de professores interessados em discutir sobre O que é ensinar Língua Portuguesa.
Como se vê, não é fácil...nem ensinar e nem apreder. Deve-se, então, amenizar as dificuldades... é necessário muita leitura. Tenho percebido a grande dificuldade em interpretação de meus preciosos alunos. É trágico saber que as regras sintáticas, hoje, nesta sociedade imediatista e virtual, não é a grande vilã. A tragédia está em um aluno de 7ª série, por exemplo, não conseguir perceber quando uma frase está na ordem inversa. ISSO É FALTA DE INTERPRETAÇÃO, de reflexão sobre "quem fez a ação?"...sei que parece patético esse comentário...mas estou muito triste com os caminhos que a Educação está seguindo...
Gostaria muito que não fosse assim...as vezes, flagro-me refazendo e buscando novas estratégias para ajudar cada estudante a melhorar a sua relação com o estudo da língua. O consolo vem quando recebo bilhetinhos ou elogios nos corredores, ressaltando qualidades "da profi". Na maioria das vezes, dizem "ai...profi, a profi é legal, mas...gramática não é fácil." Fico realmente muito feliz, pois em minha época de escola, eu não achava nada fácil a Matemática e muito menos pude dizer aos meus últimos professores que "eles eram legais"...bah!!!