quinta-feira, 5 de junho de 2008

Primeira Gramática da Língua Portuguesa


Gramática: a vilã da Língua Portuguesa...a salvação da qualidade textual!

O ensino da Língua Portuguesa deve buscar desenvolver no aluno não só a habilidade de compreensão de discursos e de reflexão sobre a prática textual, mas também aguçar neles a vontade de produzir e difundir idéias. Como a linguagem verbal possui estrito vínculo com o pensamento e, por isso, não poder ser compreendida sem relação com uma situação concreta de enunciação, as atividades propostas pelo professor devem contemplar as diversas situações sócio-comunicativas a que o aluno é (ou será) exposto em sua vida cotidiana, científica, profissional..., de modo a viabilizar ao aluno o acesso ao universo de textos que o circundam, inclusive de outras disciplinas. Daí decorre a fundamental importância da abordagem, em sala de aula, dos diferentes tipos de gêneros discursivos existentes na sociedade, trazendo para o estudo da LP a realidade quanto ao uso da língua: o domínio desta língua será finalmente contextualizada à possibilidade de participação social, de acesso à informação e de expressão e defesa de pontos de vista, cumprindo, assim, o papel fundamental da Educação.


A seleção de bons textos (sejam eles literários, jornalísticos, científicos ou metalingüísticos) e de exercícios e reflexões será decisiva para o alcance de um ensino satisfatório da LP, um ensino que desperte no aluno a vontade e a capacidade de buscar a aquisição e a produção de conhecimento através da linguagem. Tal mudança de conduta quanto ao ensino da Língua Portuguesa, que propõe uma rediscussão sobre o ensino da Gramática, depende não só da elaboração de material didático adequado, mas principalmente da formação de professores interessados em discutir sobre O que é ensinar Língua Portuguesa.


Como se vê, não é fácil...nem ensinar e nem apreder. Deve-se, então, amenizar as dificuldades... é necessário muita leitura. Tenho percebido a grande dificuldade em interpretação de meus preciosos alunos. É trágico saber que as regras sintáticas, hoje, nesta sociedade imediatista e virtual, não é a grande vilã. A tragédia está em um aluno de 7ª série, por exemplo, não conseguir perceber quando uma frase está na ordem inversa. ISSO É FALTA DE INTERPRETAÇÃO, de reflexão sobre "quem fez a ação?"...sei que parece patético esse comentário...mas estou muito triste com os caminhos que a Educação está seguindo...


Gostaria muito que não fosse assim...as vezes, flagro-me refazendo e buscando novas estratégias para ajudar cada estudante a melhorar a sua relação com o estudo da língua. O consolo vem quando recebo bilhetinhos ou elogios nos corredores, ressaltando qualidades "da profi". Na maioria das vezes, dizem "ai...profi, a profi é legal, mas...gramática não é fácil." Fico realmente muito feliz, pois em minha época de escola, eu não achava nada fácil a Matemática e muito menos pude dizer aos meus últimos professores que "eles eram legais"...bah!!!



domingo, 9 de março de 2008

Volta às Aulas - Aluno é Aluno...que bom!


Então caros (e raros) leitores!!!




Início de ano letivo, muita correria, muito trabalho, muito prazer, muita alegria. Estar na escola, com os alunos, com os amigos professores é um dos meus maiores prazer. Eu sei que estou um pouco atrasada, visto que o início do ano letivo se deu há um mês... mas não tenho intenção de tornar este veículo de comunicação algo metódico ou periódico. Escrever é algo livre e datas, notas, prazos limitam a liberdade de expressão, se é que se pode limitar a liberdade quando esta se encontra em nossos corações! (nossa, que profundo!)




A escola é um lugar mágico! Os melhores anos de minha vida escolar (tá...acadêmica) eu passei na escola. Os melhores anos de minha vida profissional eu passei na escola. E é assim mesmo, nesta anáfora informal que deixo registrado o quanto gosto de estar no ambiente escolar. Aprendi tantas coisas que jamais caberiam em qualquer livro didático ou planejamento do melhor e mais organizado mestre que já tive, ou que já fui. (adorei isso!)




Este ano, em setembro, fará quinze anos que entrei pela primeira vez em uma sala de aula como professora. Engraçado isso, mesmo durante esse tempo, eu fui aluna. Estava acabando minha graduação e já lecionava - coisas de escola pública no Brasil. Quando entramos em sala de aula como alunos nosso comportamento é o de "aluno" e ponto final. Conversamos, mascamos chicletes, passamos bilhetinho, quer a aula esteja boa ou não. Não é a qualidade da aula que intervém neste pragmática. É a posição de ser aluno. Trabalhei cinco anos em uma escola pública com Ensino Médio - na época chamava-se 2º grau. Quando fui chamada a trabalhar em uma escola particular, fiquei com muito receio. Pensamentos do tipo: "eu seria capaz de cumprir a proposta da escola?" povoam minha mento e me atormentavam. Superei, venci, dei-me muito bem, fiz grandes amigos e lá trabalhei por nove anos . Quando fui chamada a trabalhar em outra escola particular, esta maior ainda, também fiquei com bastante receio de minha própria competência em relação ao processo ensino e aprendizagem da instituição. Porém, neste período de transição, pude contar com uma amiga, muito querida e competente - ela também é professora, atualmente é diretora daquela antiga escola - e ela me disse algo marcante: "Val, aluno é aluno em todo lugar! Não é o tamanho da instituição ou o quão conceituada ela seja na cidade, aluno é aluno."


Aluno é aluno em todo lugar! Esta palavra foi como uma espada a disseminar todos os meus medos...e pude constatar ao começar nesta escola ano passado (2007): "ALUNO É ALUNO EM TODO LUGAR!"


Neste ano debutante, outro desafio marca minha carreira profissional: sair da cidade de Blumenau para compartilhar das minhas aulas em uma cidade desconhecida: Jaraguá do Sul. Estou com três turmas maravilhosas, inteligentes, divertidos e muito acolhedoras. Sinto-me em casa quando estou com eles. Pena o pouco tempo de encontro, apenas uma vez por semana. mas estou muito feliz e honrada em ser professora de alunos tão queridos e que, como disse, receberam-me tão bem. Pude dar boas risadas com muitoas situações engraçadas já vividas neste primeiro mês de aula.

O friozinho na barriga vem, o medinho do novo, do desconhecido, o receio vem (que bom que seja assim, isso mostra que nao estou confiante demais em minha capacidade, mas estou sempre em busca de aperfeiçoamento) as dificuldades vêm, mas creio que nao estou só. Posso confiar em meus amigos professores, amigos pessoais para uma palavra amiga e, acima de tudo, posso confiar em um Deus que jamais me abandou, sempre esteve comigo, ajundando-me e protegendo-me nas horas mais difíceis. (Obrigada Senhor Jesus) E também posso contar com algo muito importante qaundo me vem aquele receio de novo, de uma escola nova, de alunos novos...ALUNO É ALUNO EM TODO LUGAR...QUE BOM QUE SEJA ASSIM.